VÍDEO: Motorista é flagrado dormindo ao volante até cair em barranco

Caminhoneiro pode ser condenado a até 2 anos de prisão. Ele pode ter tomado inibidor de apetite para não dormir.

Um caminhoneiro foi internado em Valença depois de dormir ao volante na BR-316. O passageiro de um carro filmou com telefone celular o caminhão em zigue-zague na pista, desviando de outros veículos, até descer em um barranco. Patrulheiros rodoviários encontraram o condutor dormindo, e assim ele permaneceu por cerca de 12 horas. As imagens exibidas no Jornal Cidade Verde desta quinta-feira (4) podem ser vistas logo abaixo.

Luis Marcos de Sousa Santos dirigia o caminhão baú da empresa de café, de placa KEK-7183. Ele saiu de Sergipe no último domingo transportando carga para Floriano e Teresina. Na manhã de quarta-feira, ele retornava para o Estado de origem. Por volta de 9h, no quilômetro 199, perto do acesso para Aroazes, um outro motorista percebeu que havia algo de errado.

O caminhão dançao na pista e passou por um caminhão-tanque e alguns ônibus. Enquanto filmava, o passageiro do outro carro percebeu a viatura da PRF, e parou para pedir ajuda. O patrulheiro José Américo Castro Júnior relatou para a TV Cidade Verde que fazia fiscalização de rotina da venda de bebidas nas estradas. A viatura só encontrou o caminhão depois do mesmo ter caído em um barranco.

Sirene, buzinas, faróis. Nada acordou o motorista, que não sofreu ferimentos e continuou dormindo. Acordado com dificuldades para o teste do etilômetro, que deu negativo para a ingestão de bebidas, Luís Marcos foi levado para o hospital de Valença, onde só acordou à noite.

No caminhão, foi encontrada uma caixa de Desobesi-M, medicamento de tarja preta, inibidor de apetite. Entre os efeitos colaterais estão secura na boca e insônia. O remédio serve como arrebite, usado por motoristas para permanecer acordado. O problema é quando o efeito do remédio passa.

No hospital, o motorista foi submetido a um exame toxicológico. Se confirmada a ingestão do remédio, Luís Marcos pode ser condenado de seis a dois anos de prisão, além de ter a carteira suspensa.

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