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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Denúncia é de explorações

Piauienses alegam que estão sendo explorados pela 'Sadia'


Trabalhadores atuam em grande fábrica de laticínios e se dizem vítimas de preconceito

No dia 7 de outubro, centenas de piauienses foram contratados para trabalhar na linha industrial da Sadia no município de Lucas do Rio Verde, que fica 354 quilômetros ao Norte de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Mas o que era para ser uma oportunidade de estabilidade, emprego e renda, se tornou um pesadelo.

Segundo os piauienses além do contrato trabalhista que não está sendo cumprido pela empresa, como falta de refeição e jornada de trabalho exaustiva, eles estão sendo vítimas de discriminação e violência policial.

O encantamento pela segurança de um salário fixo com carteira assinada e outros direitos trabalhistas em um outro Estado também foi quebrado quando os piauienses não viram no papel os direitos trabalhistas prometidos.

Em vez de trabalhar oito horas por dia, há dias em que os trabalhadores ultrapassam as 16 horas, sem receber hora extra. “A refeição que teria que ser todos os dias, a gente não tem garantia. Tem dia que tem e tem dia que não tem”, contou o piauiense Marcos Oliveira.

Moisés Machado de Carvalho, que trabalha como operador de máquina na fábrica, afirmou que a jornada de trabalho tem sido exaustiva e não condiz com o prometido no contrato.

“Acordo todos os dias quatro da manhã para trabalhar e só paro uma hora do almoço e quando retorno só saio do trabalho às 11 da noite”, relatou. Ao todo, 100 jovens piauienses foram recrutados pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) para trabalhar na linha industrial da empresa.

Outra informação dada pelos piauienses foi referente a uma agressão e abuso de poder da Polícia Civil de Mato Grosso. No final da tarde de domingo, cerca de dez piauienses estavam em uma festa na vila montada pela empresa para abrigar os trabalhadores, quando vários policiais com arma em punho invadiram o local disparando tiros e ofensas.

De acordo com o relato dos piauienses, os policiais “chegaram batendo, xingando e ofendendo”. Moisés Machado, que trabalha como operador de máquina, contou ao Jornal Meio Norte que um rapaz foi baleado no abdômen no tumulto.

“Quatro pessoas foram levadas presas, sem ao menos dizerem o porquê. Todo mundo está até agora revoltado com a ação da polícia que só porque somos nordestinos acham que podem bater e falar o que quiser”, desabafou o operador Moisés. Ao final da agressão, segundo os trabalhadores, quatro pessoas foram presas, mas liberadas horas depois.

Para o piauiense Marcos Oliveira Sousa, essa ação é motivada por discriminação regional. Até o final da manhã de ontem, os piauienses ainda não haviam conseguido fazer o boletim de ocorrência e nem o laudo médico.

Os piauienses entrarão com uma ação na Corregedoria Geral do Mato Grosso e processarão o Estado pela ação, segundo eles, discriminatória dos agentes.

De acordo com os piauienses, a direção da fá-brica foi informada dos dois problemas denunciados, mas afirmou que nada poderia fazer. A reportagem entrou em contato com a sede da em- presa na cidade de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, mas a empresa preferiu não enviar comunicado oficial sobre o caso.

Os funcionários de supervisão do Trabalho e de Recursos Humanos da empresa que conversaram por telefone com a reportagem informaram que não poderiam se pronunciar sobre o assunto.

1 comentários:

Ryandp 22 de novembro de 2008 às 15:08  

empressa grande vindo pegar piauiense em casa pra trabalhar so pode ser pra explorar mesmo. abraço daniell

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