:: Deu na 'Folha de São Paulo' Morto há uma semana, dono da 'Pintos' foi homenageado Vítima de uma parada cardíaca, no dia 27 de dezembro passado, ele criou um 'império' de lojas no Piauí

O Jornal 'Folha de São Paulo' publicou reportagem em homenagem à história do empresário português Agostinho Inácio Pinto, de 83 anos, morto há cerca de uma semana. Vítima de uma parada cardíaca, no dia 27 de dezembro passado, ele criou um 'império' de lojas no Piauí e era referência do empresariado local. Abaixo, a matéria publicada na 'Folha': Agostinho Inácio e o seu império de lojas WILLIAN VIEIRA DA REPORTAGEM LOCAL O português Agostinho Inácio Pinto atravessou o oceano para fincar no Brasil o império da família -foi nas bandas do Piauí que ele abriu suas lojas e se tornou um ícone do comércio local. A recessão do pós-guerra europeu havia chegado a São Pedro do Sul, Portugal, cidade que ele deixou, ainda jovem, para tentar a sorte no Brasil -mais especificamente em Manaus, onde um tio tinha um pequeno comércio. Por dez anos foi caixeiro viajante e rodou o Brasil, "até em lombo de burro", para vender botões e tecidos. Numa das paradas pelo Piauí conheceu uma moça, casou e por ali ficou, abrindo, em 1955, a "Casa das Rendas". Quando um primo veio de Portugal para ajudar no negócio, ele o rebatizou: "Pintos" -que logo ganhou seis lojas. Dizia que "Europa, só a passeio. Gosto é do Piauí". Mas com a morte da esposa foi viver em Portugal. Em uma viagem de volta a Teresina, porém, conheceu outra mulher, casou e selou para sempre seu matrimônio com o Piauí querido. Mesmo idoso, ia todos os dias às lojas, ajudava os vendedores, atendia clientes e fazia piadas -até mesmo de português. Estava na loja na última quinta, quando passou mal e foi levado ao hospital por um funcionário. Morreu de infarto, aos 83 anos, em Teresina. Tinha quatro filhos e quatro netos. Leia ainda: CONHEÇA A HISTÓRIA DE AGOSTINHO PINTO NO PI