Wendell Reis: julgamento já dura mais de 10h e o clima é tenso

Julgamento de Wendell Reis

Nesta segunda-feira (20), o ex-delegado Wendell Reis senta mais uma vez no banco dos réus do Tribunal Popular do Júri para o julgamento em que é acusado de matar o comerciante Ricardo Seabra, crime ocorrido em 2003. Dois advogados já abandonaram o caso e a defesa será feita pelo defensor público Juliano de Oliveira Leonel, que foi nomeado pelo juiz.

Atualizada às 9h30

Até o presente momento, às 9:30h da manhã, o julgamento de Wendell ainda não foi iniciado, isso por conta da ausência de uma das testemunhas de defesa. "Nós da defensoria não abrimos mão da presença desta testemunha, ela é de essencial importância", afirma o defensor Juliano Leonel.

Para contornar a situação o juiz Antônio Noleto determinou que um oficial de justiça fosse buscar esta pessoa aonde ela estiver para que o julgamento fosse, enfim, iniciado. E enquanto espera faz piada quanto ao tempo de espera: "Alguém sabe tocar violão? Quer souber pode vir aqui para a frente, enquanto a gente espera", debocha.

Estão presentes no julgamento a mão de Wendell Reis e os familiares da vítima. "Mesmo que tenha sido apenas um acidente, nós queremos justiça. Só isso que queremos, que a alma de meu primo fique em paz", diz emocionada a prima de Ricardo, Marcela Seabra.

Atualizada às 10h31

A testemunha atrasada, Daniele Sousa, ainda não foi localizada. Na casa dela disseram que ela havia ido trabalhar, no trabalho informaram que ela havia sido dispensada para ir ao júri popular e além de tudo, o celular dela ainda se encontra desligado. Mas segundo informações cedidas ao Portal O DIA, há a suspeita de que ela esteja na casa de uma amiga.

O juiz Antônio Noleto deu mais trinta minutos, se Daniele não aparecer, dentro deste prazo, o julgamento será adiado pela terceira vez.

Diante dos fatos, a acusação pede a prisão preventiva de Wendell Reis, alegando que o atraso deve ser "armação" da defesa, e que não seria justo um terceiro adiamento. Porém o juiz não aceitou o pedido, por conta da ausência de provas.

Atualizada às 11h09h

A oficial de Justiça, Teresinha Furtado de Carvalho, relatou ao juiz, por telefone, que retornou novamente à casa de Daniele e a empresa Mossoró, onde ela trabalha, e obteve novas informações de que Daniele havia saído de sua residência muito cedo acompanhada de uma senhora muito bem vestida e de um rapaz.

Sob posse dessas novas pistas, o juiz aceita a possibilidade de que o atraso tenha sido proposital, para que acontecesse um novo adiamento e espera o retorno do oficial de justiça para decidir se o julgamento será novamente adiado ou se dará continuidade ao júri, pois em caso de adiamento, novas testemunhas podem voltar a faltar.

Atualizada às 12h23

O julgamento de Wendell Reis é iniciado, mesmo sem a presença da testemunha Daniele Sousa. Em discussão, a defesa solicitou que nenhuma mulher participasse do júri e o juiz autorizou o pedido. Compõem o júri, neste momento, sete homens.

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