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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Filho de tenente-coronel do Exército é nova vítima do 'golpe da bola'

Pai e filho chegaram a viajar para Portugal

Mais uma pessoa foi vítima de um falso empresário de futebol, que engana famílias de jovens que sonham em jogar em grandes clubes fora do Brasil. Desta vez, a vítima foi o filho de um tenente- coronel do Exército. O crime ficou conhecido como "golpe da bola" .

A família de Dejavan queria que ele seguisse o caminho da música. Mas o talento com a bola chamava a atenção do pai, o militar Paulo Roberto de Melo. Aconselhado por amigos a procurar um empresário, ele chegou a Milton Félix Paulino que, segundo a polícia, é um falso agente de futebol.

“Primeiro eu falei com o meu pai. Isso tá certo? Eu acho que isso não tá certo. Ele me viu uma vez só e falou que ia ser um grande jogador indo pra Portugal”, lembra Dejavan.

Segundo a polícia, nos dois últimos anos, Milton roubou quase R$ 200 mil de famílias pobres coma promessa de levar jovens para jogar no exterior.

O poder de convencimento do falso empresário foi tão grande que o oficial do Exército chegou a marcar um encontro com ele no aeroporto do Rio. Pai e filho embarcaram para Portugal.

Ainda no aeroporto do Rio, depois de receber R$ 25 mil, o golpista entregou ao tenente-coronel documentos falsos que foram levados a um clube português. São as queixas que o pai de Dejavan registrou na delegacia.

“Nós tínhamos dois documentos falsos do Milton. Um suposto travel cheque da CBF assinado por um diretor da CBF. Era assinatura falsa. E um fax do Elvas Alentejano, da cidade de Elvas, a 200 quilômetros de Lisboa. Fomos com este fax ao Elvas e lá disseram que era falso. A assinatura era de um presidente de 5 anos atrás”, conta o pai.

“O cara falou que podia até prender a gente porque estávamos com papel falso na mão. E eu fiquei como? Triste, meio parado”, lembra Dejavan.

Duas semanas depois da conclusão do inquérito pela polícia o Ministério Público do Rio ainda estuda se encaminha para a Justiça o pedido de prisão de Mílton Félix Paulino.

As famílias precisam ficar atentas aos aproveitadores. Aos 11 anos, Bianca Brasil, considerada por muitos uma nova Marta, foi procurada por um outro empresário que prometeu um contrato nos Estados Unidos. Mas o pai desconfiou do agente.

“Ofereceram a ela US$ 10 mil mensais, mas acabei aí eu acabei desconfiando, porque não foi apresentada nenhuma documentação concreta, e acabei recuando. Eu desisti da proposta porque não tive segurança no sentido de preservar ela”.

No ano passado, Milton Félix Paulino foi ouvido pela polícia e negou as acusações.

A produção do Jornal Hoje tentou falar com o suspeito, mas ele não foi encontrado.

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